tag:blogger.com,1999:blog-30177988369695712862024-03-14T03:38:33.658+00:00Pensamentarixsar.a .sihttp://www.blogger.com/profile/15819151503997030697noreply@blogger.comBlogger27125tag:blogger.com,1999:blog-3017798836969571286.post-39569637731760941452010-10-21T19:32:00.002+01:002010-10-21T19:53:21.917+01:00Racional vs IrracionalEnquanto ser socializado, o Homem foi conquistando etapas nas suas vidas que o distinguem dos outros animais, e encontram em si, a função da racionalidade. No entanto leva-me a pensar em que é que nos beneficia ser racionais. Vários autores já pensaram sobre situações que se relacionam e é sobre eles que vou falar.<br /><br />Sigmund Freud identificou três àreas em que se divide o individuo, sendo que o super-ego será o conceito que explica a forma racional com que o individuo actua em sociedade, quer isto dizer, que os valores que a sociedade incutem no individuo fazem força no super-ego, tornando os impulsos e o incosciente, recalcados quando o super-ego actua no individuo. António Damásio, explica o conceito de marcador somático. É uma função que o individuo tem, que o permite actuar de forma automática, no entanto individuos com alguma patologia do forro psicológico podem não ter as funções normais dos marcadores somáticos, sendo que por isso, actuam de forma irracional, mas conseguem tomar decisões por acções que já conhecem.<br /><br />Digo isto, para mostrar uma realidade do nosso Mundo. Questiono se será assim tão importante ser racionalizado, para viver em sociedade, se os homens que não têm essa função conseguem tomar decisões a partir do marcador somático (apesar de serem descriminadas pelo facto dos outros individuos que estão influenciados pela socialização, os descriminarem). No entanto, há outros autores como Edward Shills, que indica que os individuos têm dois tipos de laços, os laços sociais que são impostos pela sociedade, e por outro lado os laços emocionais. Estes últimos, referem-se ao apego que o individuo tem à sua cultura e etnicidade, estes também são construidos, mas são sentidos. De modo a que sejam muitas vezes preferiveis ao individuo em comparação com os laços sociais. Caso disso é o seguinte video - http://www.youtube.com/watch?v=BeN5llUEmzw. Esta mulher, teve a possibilidade de ser salva, por inumeras pessoas que passaram ao lado dela. No entanto, por falta de laços emocionais, ninguém a socorreu. Os laços sociais foram subrepostos aos laços emocionais, mesmo não tendo esta mulher qualquer tipo de relação de próximidade com as pessoas que passaram por ela, esta deveria ser socorrida, pelos valores que são promovidos pela sociedade. No entanto, nem estes lhe valeram, assim suponho que os individuos deveriam actuaram segundo o seu instinto, tal como aconteceria com os animais. Caso disso - http://www.youtube.com/watch?v=fQbIlB6IQ3U. Acontece que isso não aconteceu, ou seja, os laços sociais, que actuam no super-ego de Freud, foram sobrepostos ao inconsciente (id), e fizeram com que as pessoas actuassem segundo o "dever ser", ou seja aquilo que lhes é imposto. Ainda assim, podemos considerar que o "dever-ser" poderia ter como valor a entre-ajuda das pessoas em sociedade. No entanto isso não aconteceu. E aquela mulher acabou por morrer, o que não aconteceu com o cão, que quando socorrido pelo outro cão conseguiu mais tarde ser socorrido por especialistas, sobrevivendo.<br /><br />Será que é importante sermos racionais, até que ponto é benéfico para a socialização e para a convivência entre seres da mesma espécie?sar.a .sihttp://www.blogger.com/profile/15819151503997030697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3017798836969571286.post-22876795540848397742010-06-03T20:20:00.002+01:002010-06-03T20:46:11.282+01:00Prestigio vs MeritoA minha questão é, como é que alguém pode ter prestígio sem mérito? Para responder a esta minha pergunta de partida irei tentar definir os dois conceitos:<br /><br />• Prestigio: Importância decorrente de algo ou alguém tido como admirável, valor associado as qualidade de algo ou alguém.<br />• Mérito: Aptidão, merecimento<br /><br />Tendo em conta estas definições podemos verificar que o prestígio é algo que não é inato, nem subjectivo. Depende sobretudo da opinião dos que nos estão a avaliar. Pois o prestigio é o valor associado às qualidade de algo ou alguém. Por assim ser parece-me pouco querente dizer-se que seria possível ter qualquer tipo de prestígio sem ter mérito. <br /><br />É então que surgem as falsas aptidões. Podemos dizer que alguém tem prestigio se identificarmos nesse alguém, valores que nos parecem verdadeiros, no entanto estes podem não o ser. É o caso de atribuir uma classificação positiva a alguém que forjou o seu teste. Só a pessoa que falseou a sua classificação pode saber se teve ou não mérito, no entanto pode ter prestígio, visto que esse não é um valor individual.<br /><br />No entanto, será esse prestígio verdadeiro? Até que ponto alguém se sente prestigiado por ter prestigio sem mérito? São questões pelas quais me interrogo quando vejo injustiças do forro social. Há realmente pessoas que têm prestígio sem mérito. E pessoas que têm mérito, mas que não lhes é atribuído prestígio. <br /><br />Não é de maneira nenhuma justo, alguém que se esforça para obter bons resultados, ficar sempre atrás de pessoas que se esforçam para forjar resultados.<br /><br />Se algum dia, alguém prestigiado sentir o sabor do mérito, espero que se vicie como se fosse uma droga, assim traria ao mundo mais justiça, e menos falsificações e méritos falsos.sar.a .sihttp://www.blogger.com/profile/15819151503997030697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3017798836969571286.post-31030549142630235432010-05-21T15:44:00.000+01:002010-05-21T15:45:29.354+01:00Datas confusasMuitas vezes caímos no erro de classificar as outras culturas tendo em conta os padrões da nossa cultura, o que nos faz criticar as outras culturas e classifica-las como primitivas ou coisas menos boas!<br /><br />Ora bem, visto por este ponto de vista é importante verificar que pelos erros de pessoas inseridas numa certa cultura não podemos generalizar, e eu vou tentar não fazê-lo, mas tenho que criticar alguém!<br /><br />Estava eu muito bem a almoçar, quando decidi ver o American Dad, que estava a dar no canal Fox. É então que surge um episódio em que o Stan tem que encontrar um comunista, e numa espécie de imagem de memoria do Stan, aparece uma imagem do inicio da sua carreira no muro de Berlim. É então, que em rodapé aparece – “muro de Berlim 1998”, em inglês, e nas legendas em Português aparece “muro de Berlim 1988”. <br /><br />É muito engraçado ler este tipo de coisas e o mais engraçado ainda é que eu pensei “Não Sara, tu é que leste mal”, mas como agora já se pode retroceder com a Box, foi o que eu fiz, e confirmei! Era isso que dizia. <br /><br />Então América? Agora queremos apagar a história do holocausto, porque pode ser dramático para as crianças estudantes, pronto… Mas era mesmo preciso mudar a data da queda do muro de Berlim?<br /><br />Não entendo em que é que isto beneficia a sociedade, nem que seja a sociedade jovem, mas gostava sinceramente que me dissessem! Um dia também vou ter uma serie, nem que seja de desenhos animados e vou dizer que a revolução dos cravos foi e 1985, só porque é giro!sar.a .sihttp://www.blogger.com/profile/15819151503997030697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3017798836969571286.post-52057304358004173942010-04-23T15:20:00.001+01:002010-04-23T15:40:03.863+01:00Locura Mundialmente reconhecidaA década de 70 deve estar a afectar o Mundo, mas só nos apercebemos hoje. Passo a explicar…<br /><br />“O presidente da Bolívia, Evo Morales, defendeu publicamente que a homossexualidade do Mundo e a calvície na Europa são provocados pela ingestão de alimentos trangénicos…” – In Correio da Manhã, 22/04/2010<br /><br />Vou comentar então o conhecimento tão vasto do Sr. Evo Morales. Possivelmente, e isto com um pouco de sátira da minha parte, devo dizer que os livros dos sociobiólogos só devem ter chegado à América do Sul este ano, para ter sido motivo de tanta inspiração para este presidente.<br /><br />Se eu já tinha ouvido teorias de sociobiólogos, da década de 70, aproximadamente, que defendem que a homossexualidade é um comportamento altruísta, na medida em que os homossexuais se “sacrificam” pelo grupo (sociedade na qual se inserem), pelo facto de os homossexuais da actualidade estarem dentro do grupo das Artes. E por isso trazem harmonia ao grupo. – O que por si só é ridículo, e não tem qualquer carácter cientifico, tendo em conta, que os homossexuais não estão todos inseridos no ramo das Artes, e ainda que o fossem, não seriam homossexuais por isso. Como se isto não fosse suficientemente ridículo agora surge este presidente a acusar os alimentos trangénicos.<br /><br />Primeiramente, e para quem não o sabe, devo dizer que os alimentos trangénicos, são alimentos modificados. E este tipo de modificação ocorre de forma biológica, e teve inicio também na década de 70. Ora visto isto, é interessante questionar ao Sr. Evo Morales, o que é que fazia com que as pessoas fossem Homossexuais antes de haver alimentos deste tipo?<br /><br />Quanto à questão da calvície o mesmo está em jogo, só houve carecas a partir da década de 70? E só na Europa? E as pessoas calvas de outros continente? Vieram à Europa, comeram alimentos trangénicos e ficaram carecas?<br /><br />Tenho também outras dúvidas, o que é que será que aconteceu a um cidadão europeu, que é careca e homossexual? Será que tem algum distúrbio alimentar e está viciado em alimentos trangénicos?<br /><br />Por tanto, se algum homossexual e/ou calvo, se quiser curar destas temíveis “doenças” (descobertas pelo Exmo. Sr. Cientista, Nutricionista, Presidente da Bolívia), já sabe, consiste tudo numa questão de dieta. A primeira coisa a fazer é NUNCA mais comer alimentos trangénicos. Se estiver na Europa e for calvo, o melhor é mudar de continente. Se por acaso estiver num pais de outro continente qualquer e for calvo, cuidado, pode estar a viajar demasiado para a Europa… Nunca mais faça isso!<br /><br />Se por outro lado for Homossexual, calvo e Europeu… Bem nesse caso o melhor será contactar uma clínica de desintoxicação, o seu caso tem de ser acompanhado por um especialista.<br /><br />Mas quem é que votou neste presidente?sar.a .sihttp://www.blogger.com/profile/15819151503997030697noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3017798836969571286.post-31126194394240677362010-02-17T18:40:00.000+00:002010-02-17T18:41:38.260+00:00Longe de mimEstá escuro<br />Nada vejo senão uma porta<br />Inquieto-me<br />Aqui estou a salvo<br />Mas estou sozinha<br /><br />Vou abrir a porta?<br />Não sei se daquilo quero<br />Mas isto também não sou eu<br />Sozinha sentei-me<br /><br />Sentada <br />Sinto o chão molhado<br />É água<br />Estou numa margem<br />Mas está escuro<br /><br />Quero tomar uma decisão<br />Agora tenho frio<br />Está escuro<br />E eu estou sozinha<br /><br />A porta continua ao fundo<br />Será que a vou abrir?<br />Levanto-me<br />Não porque tenho coragem<br /><br />Sou fraca<br />Não consigo decidir<br />Mas estou molhada<br />Corro<br /><br />Estou agora à porta<br />Mas não a abro<br />Tenho medo<br />Está escuro<br /><br />Abri a porta<br />Uma forte luz<br />Estou cega?<br />Não vejo nada<br /><br />Continuo com frio<br />Estou sozinha<br />Mas já não está escuro<br /><br />Volto para a margem<br />Quero lembrar-me do meu reflexo<br />Sento-me<br />Olhei<br />Ali estava<br />Nesta margem de mim<br />Quero fugir <br />Mas a porta só me da luz<br /><br />Antes não abrisse a porta<br />Agora vejo<br />E não quero ver<br />Esta que já fui eu<br /><br />Imperial inocência<br />Quem a tem?<br />Duvidei que fosse minha<br />Mas a memoria voltou<br /><br />Implorei por ter ficado cega<br />Mas há tanta luz que se vê tudo<br />Nas margens de mim chorei<br />Chorei de saudade<br /><br />Saudade de mim<br />De quem já fui<br />Saudade de ser criança<br />Saudade do que vivi<br />Saudade do que não vivi<br /><br />Nas margens de mim<br />Sentei-me <br />Sozinha<br />E com frio<br />Ao menos já não está escuro!sar.a .sihttp://www.blogger.com/profile/15819151503997030697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3017798836969571286.post-87693318575456196962010-02-12T17:58:00.000+00:002010-02-12T17:59:35.688+00:00Também já não as queroAs coisas que me acontecem na vida,<br />Não as vejo como aquilo que realmente são.<br />É o desejo que desespera no meu coração por aquilo que não é.<br />Mas que de não o ser, seria.<br />Se mal não lhe faria.<br /><br />Mas ainda que aquilo que não é passasse a ser,<br />Ainda assim não o seria.<br />Assim que passasse a ser,<br />Toda a vontade que eu tinha que fosse passaria a ser,<br />Para que aquilo que passou a ser não o fosse.<br />Ou talvez outra coisa quereria.<br /><br />A insatisfação das coisas que me acontecem na vida<br />Aparece porque não quero que elas sejam aquilo que são.<br />Mas também não quero que sejam aquilo que não são.<br />Quer dizer, querer até quero, <br />Mas quando deixarem de ser o que são, já não as quero.<br /><br />Se pegar naquilo que não é e o tornar no que é<br />Passarei a ter uma coisa duplamente negada.<br />Nego-a porque não quero o que ela é, <br />E porque não quero o que a tornei.<br /><br />Assim apenas me resta permanecer em mim<br />Com as coisas que me acontecem na vida,<br />E vê-las conforme as vejo<br />Continuarei a querer que elas não o sejam, <br />E se algum dia deixarem de ser<br /><span style="font-weight:bold;">Também já não as quero!</span>sar.a .sihttp://www.blogger.com/profile/15819151503997030697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3017798836969571286.post-1904237208392052932009-11-02T22:09:00.000+00:002009-11-02T22:10:06.689+00:00Dualidade SocialO homem é um animal político. Disse Aristoteles. Podemos não entender à partida aquilo que este autor quis dizer, no entanto é breve a explicação. Aquilo que quer dizer é que o homem é um ser social, ou seja nós enquanto homens temos a necessidade de viver em sociedade.<br />No entanto é interessante verificar a nossa necessidade de sociedade. Verifico que essa apenas serve para nos “facilitar”. Quer isto dizer que é verificável que em todos os nossos movimentos sociais, aquilo que se tenciona manter é o nosso nível individual estável. Ou seja, para proveito próprio.<br />A Família, é o exemplo mais fácil de sociedade, e é ela também a primeira a existir na nossa vida. E durante essa existência há erros cruciais que não aconteciam se não agíssemos em proveito próprio, ou que poderiam não existir exactamente por proveito próprio. Compreendo que isto é uma dualidade antagónica, mas verifiquemos:<br />Terei eu hipótese em quanto mulher de escolher dois caminhos, ter filhos ou não os ter. Se os não tiver, serei acusada de egoísmo, e de facto só não os terei por me preocupar comigo, podendo não ser apenas por questões monetárias, mas sim por valores morais, ou ate por ambos. Quando falo em valores morais refiro-me sobretudo à necessidade de não desiludir aquele que nos é próximo.<br />Ora mantendo-nos nesta óptica de desilusão, verifico que a escolha de ter filhos é igualmente controversa pela mesma. Quantos pais não desiludem os seus filhos? Muito poucos. Não apenas os negligentes, mas todos. <br />Criamos grandes expectativas à volta dos nossos ídolos que começam por ser obviamente aqueles que nos estão próximos. E normalmente essas desilusões são muito mais graves, porque derramam qualquer orgulho que até à data existiriam. Muitos pais o fazem sem se aperceberem, e muitos também na ingenuidade que os filhos nunca iram saber… como se os filhos uma vez crianças, o fossem para sempre.<br />Não quero com isto educar ninguém, embora o desejasse. No entanto ficaria contente, se alguém ao ler, agisse de forma diferente. Já que enquanto ser social não conseguimos respeitar a vontade de todos, sem que a nossa prevaleça. Ao menos que deixássemos prevalecer aquela dos que nos são próximos, dos que amamos. Mesmo que isso servisse apenas para manter o seu amor como certo… mesmo que fosse apenas para não ficarmos sós num futuro. Ou até e apenas para mantermos a fasquia de orgulho, sem qualquer ofensa. <br />Esperaria eu de um pai um abandono? Uma traição? Então como tenho coragem, e até vontade de o fazer? Como é que não sinto arrependimento? <br />E pensem, uma traição a um pai dos nossos filhos é igualmente uma desilusão para os filhos. É igualmente uma frustração que pode resultar de duas formas, ou é tomado por exemplo, ou é tomado como repulsa. E em ambos os casos não vejo qualquer futuro promissor.<br />Este foi possivelmente o texto mais “simples” que escrevi, mas foi exactamente pela necessidade que tenho de desabafar. Não por mim, mas pelos que me envolvem. É de extrema frustração ver qualquer tipo de traição!sar.a .sihttp://www.blogger.com/profile/15819151503997030697noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3017798836969571286.post-81036877087128575872009-09-03T20:23:00.001+01:002009-09-03T20:26:38.909+01:00Quem sou eu?Deparamo-nos diariamente com pessoas de todos os géneros, algumas mais semelhantes, e outras com várias diferenças. Possivelmente serão as pessoas com mais diferenças que nos causam maior transtorno. Não porque não seja normal vê-las, mas porque estamos socialmente condicionados a corresponder ao mesmo tipo de comportamentos, para conjugarmos a vivencia “feliz” de todos.<br /><br />Desde que nascemos que somos condicionados pelas influencias que as pessoas presentes na nossa vida, nos provocam. Algumas dessas aproveitamos positivamente e outras negativamente. Sendo que é complicado definir a existência de um “eu” diferente, quando aquilo que nos fazem pensar, é que deveremos ser todos iguais. <br /><br />Essa imposição, é de tal forma absorvida pelo nosso inconsciente, que involuntariamente passamos a tê-lo como um dever. Dever esse que pode ultrapassar todos os limites. Refiro-me a limites quando falo de descriminação. Qualquer tipo de descriminação seria valida nesta observação, mas vou focar-me apenas numa.<br /><br />É visível no rosto de todos, um certo desconforto quando passamos por algum portador de deficiência mental, pois o seu comportamento é diferente. É como se não tivessem regras, e a falta delas nos influencia-se. Aquilo que não percebemos, é que essas pessoas são muito menos condicionadas que nós, e mesmo que possam não ter consciência disso, agem de forma mais natural, ao contrario de nós que agimos pelo que consideramos “bem”.<br /><br />Aquilo que consideramos “bem”, varia da nossa construção de auto-conceito. Isto é, cada um age conforme aquilo que filtrou das suas influencias, e aquilo que a sua memoria selectiva guardou das experiencias. Assim, perdemos de certa forma a nossa identidade, para nos tornarmos reflexo da sociedade em que vivemos. Primeiramente perdemo-la para as influências que vamos absorvendo. E posteriormente filtramos as nossas memórias guardando para nós, apenas aquilo que consideramos como “bem”. Em alguns casos também guarda-mos experiencias negativas a fim de reforçar o dever de não as repetir.<br /><br />Possivelmente se agíssemos como a pessoa portadora de deficiência mental, não conseguiríamos viver em harmonia na sociedade. Mas será que vale a pena viver em harmonia dentro de uma sociedade, se formos apenas o reflexo dela? Conseguiremos nós algum dia utilizar o marcador somático, para uma reacção em que não envolvamos a razão? E ainda assim, as somas que faremos nesse marcador, serão verdadeiramente nossas ou por outro lado fruto da nossa memória influenciada?<br />Uma última pergunta, consegue responder à pergunta “<strong>Quem sou eu</strong>?”?sar.a .sihttp://www.blogger.com/profile/15819151503997030697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3017798836969571286.post-46085629550750014942009-08-20T22:24:00.001+01:002009-08-20T22:24:56.572+01:00Ode<meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 10"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 10"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CZERICA%7E1%5CDEFINI%7E1%5CTemp%5Cmsohtml1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><style> <!-- /* Font Definitions */ @font-face {font-family:Century; panose-1:2 4 6 4 5 5 5 2 3 4; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:roman; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:647 0 0 0 159 0;} @font-face {font-family:Kartika; panose-1:2 2 5 3 3 4 4 6 2 3; mso-font-charset:0; mso-generic-font-family:roman; mso-font-pitch:variable; mso-font-signature:8388611 0 0 0 1 0;} /* Style Definitions */ p.MsoNormal, li.MsoNormal, div.MsoNormal {mso-style-parent:""; margin:0cm; margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:12.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";} @page Section1 {size:595.3pt 841.9pt; margin:70.85pt 3.0cm 70.85pt 3.0cm; mso-header-margin:35.45pt; mso-footer-margin:35.45pt; mso-paper-source:0;} div.Section1 {page:Section1;} --> </style><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman";} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: arial;"><span style="font-size: 11pt;">Entrei. Estou numa maca fria. E não sei o que estou aqui a fazer. Vejo pessoas de branco, e alguma de verde. Com sapatos estranhos e não param de falar em língua que não entendo. Vêm ter comigo e dizem coisas que não sei. Meteram-me uma agulha na mão. <i style="">Au!</i> Doeu e não me pude queixar. Ainda se o fizesse não entenderiam. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: arial;"><span style="font-size: 11pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: arial;"><span style="font-size: 11pt;">Está um quadro enorme do meu lado direito. Diz coisas que não entendo, mais há direita. Não está legível. Mas na esquerda diz coisas que já foram. Parecem coisas que já disse. Mas não sei. Vejo no meio o meu nome. Consigo lê-lo. Mas porque é que estou aqui?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: arial;"><span style="font-size: 11pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: arial;"><span style="font-size: 11pt;">Agora veio uma enfermeira. Não sei o que é que ela quer, parece que tenta que eu fale. Mas eu não consigo. Não sei o que dizer. Não sinto nada, acho que estou adormecida. Mas não sei. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: arial;"><span style="font-size: 11pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: arial;"><span style="font-size: 11pt;">Vejo um bisturi, mas não é igual. Tem uma cor diferente. <i style="">Creees</i>. Cortaram-me o peito. Estou numa cirurgia. Já me lembro, quis eu dizer palavras. Palavras que não dissessem nada mas que significassem tudo. Quero abrir o meu peito, e fazer uma cirurgia de sentimentos. Que com o Bisturi do meu amor por ti, vai traduzir-se em palavras. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: arial;"><span style="font-size: 11pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: arial;"><span style="font-size: 11pt;">Mas as palavras não saem. Os sentimentos espalham-se pelo meu sangue, e eu só sei dizer que te amo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: arial;"><span style="font-size: 11pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: arial;"><span style="font-size: 11pt;">Agora estou cheia de sangue. A cirurgia está a agravar-se. Oiço zumbidos na cabeça e não sei o que me querem dizer. Talvez se fosse um animal perceberia. Dizem que os cães conseguem ouvir o barulho mais apagado. Mas não sou um animal!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: arial;"><span style="font-size: 11pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: arial;"><span style="font-size: 11pt;">Aparece uma nova sensação, chama-se frustração. Não veio com a enfermeira, não, não a vi trazer. Mas sinto-o. Porque quando tento dizer-te, já passou. O tempo foi além do meu pensamento, e <i style="">puff.</i> Senti-me outra vez calada. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: arial;"><span style="font-size: 11pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: arial;"><span style="font-size: 11pt;">Talvez seja normal, estou a ouvir zumbidos, estou numa cirurgia, e tenho o corpo adormecido. Ainda assim, e só com o pensamento não consigo dizer-te. Isto não me sai! Enfim… Se pudesse sentir os olhos, ao menos choraria. Mas só consigo sentir o peito, e por isso adormeço o meu corpo, enquanto Amo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: arial;"><span style="font-size: 11pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: arial;"><span style="font-size: 11pt;">Amo com toda a força. Com algo que não se vê. Oiço a palavra Alma. Mas não sei o que quer dizer. Eles só dizem coisas que não entendo. Não, não quero isto. Quero dizer-te. Mas onde é que estás tu?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: arial;"><span style="font-size: 11pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: arial;"><span style="font-size: 11pt;">Já sai dali. Dizem que correu mal. Ninguém espera que o meu corpo consiga acordar. Dizem que morri. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: arial;"><span style="font-size: 11pt;">O meu corpo está morto e eu já o sei. Adormeci-o para amar. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; font-family: arial;"><span style="font-size: 11pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 11pt; font-family: Century;"><span style="font-family: arial;">Agora amo-te mas não tenho corpo. Agora sinto-o. Mas não sei dizê-lo. Procuro as palavras vezes sem conta. Mas enquanto o penso… já passou!</span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: Century;"><o:p> </o:p></span></p> sar.a .sihttp://www.blogger.com/profile/15819151503997030697noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3017798836969571286.post-91808543871969464792009-07-03T20:48:00.002+01:002009-07-03T20:53:44.780+01:00O MundoPairou o mundo<br />Sobre a cabeça dos que o não têm<br />E tendo aquilo que não tinham<br />Teriam agora o mundo<br /><br />Pairado lá estava<br />À espera dos que não o tinham<br />E sendo ele o mundo<br />Esperaria<br /><br />Tenham eles força<br />Para fazer o mundo girar<br />Este que parado está<br />Esperando os que não o tinhamsar.a .sihttp://www.blogger.com/profile/15819151503997030697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3017798836969571286.post-91296255641779869702009-06-20T14:34:00.003+01:002009-06-20T14:37:53.540+01:00Leitura de Obra de Arte<a href="http://1.bp.blogspot.com/_nNE8OjN0IRI/SjzlyAqaTtI/AAAAAAAAAEA/EdrnMPhnUSg/s1600-h/guernica.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5349403104743411410" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand; HEIGHT: 178px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://1.bp.blogspot.com/_nNE8OjN0IRI/SjzlyAqaTtI/AAAAAAAAAEA/EdrnMPhnUSg/s400/guernica.jpg" border="0" /></a><br /><div><strong></strong></div>Apresento uma leitura de obra de arte, a obra escolhida foi Guernica de Pablo Picasso. Assim apresento as caracteristicas de leitura:<br /><div><strong></strong></div><br /><div><strong>Leitura Temática</strong> - Pablo Picasso comprometeu-se a pintar um grande moral para o pavilhão da República Espanhola, em que o objectivo era representar a trágica situação provocada pela Guerra Civil Espanhola. Desse modo, Picasso começa a fazer esboços, os quais chamou “ Sonhos e Mentiras de Franco”. No entanto o ataque italiano à vila de Guernica, a serviço de Franco, inspirou o pintor. Picasso pinta Guernica em forma de protesto à brutalidade e falta de compaixão de Franco, sobre os espanhóis, essas denotadas evidentemente pelos ataques de experimentação sobre a vila.<br /><br /><strong>Leitura Técnica</strong> - Esta obra tem claramente tratamento cubista. Denota-se alguma influência em vários trabalhos anteriores de Picasso, em que o pintor explora este mesmo tratamento. É uma pintura monocromática só em tons de cinzento.<br /><br /><strong>Leitura Simbólica</strong> - Esta obra tem um simbolismo bastante vincado, sendo que há uma preocupação do autor em representar o terror sem sentido, esse provocado pelo ataque a Guernica apenas para testes. Durante toda a obra, denotamos sempre uma dualidade clássica entre vida e morte, tal como entre desespero e esperança.<br />Para demonstrar essa intenção, Picasso representou várias personagens evidentes: Da direita para a esquerda, encontramos uma personagem de braços para o ar que representa a dor física e a súplica. No entanto e por os seus braços fazerem um movimento ascendente, revelam-nos um pequeno cubo, esse que pode representar uma janela. Da mesma forma verificamos que a personagem se encontra sobre uma base obliqua, que pela sua direcção nos conduz para uma porta aberta, imediatamente à sua direita. Como se a personagem encontra-se uma saída, mas não pudesse fugir, essa impossibilidade é claramente evidente pelo personagem estar desprovido de pernas.<br />Continuando da direita para a esquerda, verificamos um outro cubo mas desta vez de fundo escuro, e com uma cara e um braço alongados, que dão a ideia de estarem a entrar na pintura, por esse mesmo cubo, possivelmente outra janela. No entanto esta janela já não nos remete para a ideia de saída, mas de entrada. Verificamos que o braço está a segurar numa lamparina, isso que faz alusão à Estatua da Liberdade, sendo por isso uma alusão à ideologia maçónica em que a justiça social era uma dos valores implícitos. Podemos dizer assim, que é uma entrada de esperança para os outros personagens desta obra. Isso que pode ser denotado, quando observamos a personagem feminina que se encontra logo a baixo da cara que entra pela “janela”, essa que apesar de devastada, o que podemos concluir pelo seu corpo, a sua posição e a forma como parece caminhar em direcção à luz da lamparina, esse esforço que contrasta com o olhar da personagem, aqui verificamos claramente a ideia de esperança. Se verificarmos, no plano inverso, ou seja em baixo, e vindo da esquerda para a direita, há um outro braço, mas este caído e a segurar um punhal e uma flor. Que pode significar, que mesmo depois da luta, e sem forças (punhal partido), ainda há esperança (flor). Essa dualidade, pode também ser demonstrada pelo facto de o punhal estar partido em V, dando por isso a ideia de dois caminhos.<br />Mais a cima e à esquerda, temos um candeeiro, que pela sua forma, remete-nos para a ideia de olho, este que por cima, pode representar o olhar divino. Essa analogia, é mais ampla quando se verifica, que a lamparina indicada acima, tem a sua projecção de luz direccionada para um único lugar, mas já a luz deste candeeiro é uniforme que se propaga pela tela inteira, dado por isso a tal ideia de olhar divino, que tudo vê.<br />No plano imediatamente abaixo do candeeiro, verificamos um cavalo, que sugere uma aflição, como se estivesse a ser sufocado pela arma que tem dentro da sua boca. Podemos dizer assim que é o sofrimento do povo. À esquerda da cabeça do cavalo, encontramos uma pomba abatida, esta que pode representar a falta de entendimento entre os espanhóis, sendo que a pomba branca é símbolo de esperança, o abatimento da mesma, pode representar o final da mesma. No plano inverso à pomba, há uma caixa com uma seta, essa seta que aponta para a mãe com a criança ao colo, como se nos tivesse a direccionar entre a pomba e as mesmas, de forma a concluir que a falta de entendimento leva inocentes ao sofrimento. Por último temos a representação de um touro, que parece proteger a mulher com a criança ao colo. No entanto e pelo seu porte, representa também a brutalidade e o poder, que protege mas continua a luta.<br /></div>sar.a .sihttp://www.blogger.com/profile/15819151503997030697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3017798836969571286.post-69471350965086150722009-06-01T16:04:00.000+01:002009-06-01T16:05:23.294+01:00AmigoEstranha sociedade que criou Homens egocêntricos. Homens que só pensam em si, e de tanto que pensam tornam a sua felicidade em infelicidade. É estranho estarmos a vida toda a pensar que temos que encontrar a nossa alma gémea, como se isso nos fizesse felizes.<br /><br />O Homem deve compreender que o seu amigo não deve ser aquele que lhe mostra sorrisos, que tem a sua opinião sempre favorável. Amigo é aqueles que nos desafia, que nos diz <strong>NÃO</strong>. Amizade não é fácil, nem compreensível, amizade é mais que amor. É uma guerra.<br /><br />Pensei que queria para mim, alguém igual a mim. Lutei por isso, tentei sempre achar pontos em comum com aqueles com que mantinha uma relação. Acontece que em breve me fartaria, e é sempre isso que acontece, porque se torna monótono.<br /><br />Então percebi. Ter um Amigo, é primeiramente ter um Inimigo. Tal como Nietzsche defende: “<em>No seu amigo deve-se ter o seu melhor inimigo. É quando lhe resistes que estas mais próximo do seu coração</em>”<br /><br />Não caias no erro de tentar ver no teu amigo, tu próprio. Isso será definitivo para o termo da vossa relação. Tenta antes concentrar-te nos seus pontos, nas suas opiniões. Mas não te deixes influenciar, ou estarás tu a tornar-te nesse teu amigo. É importante perceber a diferença.<br />És incapaz de ter um amigo, se ele só for teu amigo. Se tu quiseres ser meu amigo, automaticamente vais passar “para o meu lado”, vais querer pensar como eu, e vais-me defender. Pergunto, até que ponto isso é positivo? Quererei eu, ter alguém que goste do que faço porque gosta de mim? E esse “mim”, será que é possível de gostar? Ou será que vês em “mim”, o “ti”?<br /><br />Para conheceres alguém, tenta contraria-lo e nunca aceitá-lo.sar.a .sihttp://www.blogger.com/profile/15819151503997030697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3017798836969571286.post-58696491348963654552009-03-23T23:53:00.000+00:002009-03-23T23:54:15.335+00:00Dissonância CognitivaQuero dedicar este post a todas as pessoas que sofrem de uma dissonância cognitiva. Mas especialmente aquela que gosto. Os outros que não levem a mal! =)<br /><br />Aquilo que pretendo explicar é o que leva as pessoas a manterem o hábito de fumar quando conhecem todos os malefícios a eles associados.<br />A este fenómeno, Festinger designou de “dissonância cognitiva”.<br />Consiste em, uma pessoa que conhece exactamente as razões pelas quais não deve ter um determinado comportamento, mas que pelo afecto que tem ao mesmo, não o consegue evitar.<br />Pegando no exemplo do tabaco. A pessoa que fuma, conhece exactamente os malefícios do tabaco, no entanto, porque o cigarro lhe sabe bem, continua a fumar.<br /><br />Obviamente, que seria impensável alguém viver sob esta dualidade de pensamentos. No entanto esta dissonância vai mais além, permitindo às pessoas, uma capacidade cognitiva para justificar o desejo que aparentemente sentem pelo objecto de prazer. Neste caso, o cigarro.<br />Desculpabilizando-se, daquilo que conhece sobre os malefícios do acto de fumar.<br />A este fenómeno, por sua vez, designamos de racionalizar. Ou seja, racionalizar é tornar o irracional numa coisa racional. Isto é, com a dualidade de pensamentos é necessário ao individuo criar um “escape”, que o permita ignorar aquilo que conhece sobre o tabaco, atribuindo um significado á sua afectividade pelo mesmo.<br />Exemplos disto são: O médico que fuma, e diz coisas como, que ainda há dias morreu um paciente na sua enfermaria, de cancro no pulmão, e nunca havia fumado.<br /><br />Não querendo ofender susceptibilidades. É inadequado fumar em qualquer pessoa, pois todos sabem os malefícios que o mesmo provoca. No entanto, considero fraco de mente,aquele que o faz apenas por não conseguir resistir aquilo que chamamos de vício. E muito mais fraco, aquele que o faz para ser socialmente aceite. É importante pensar, se sou eu que mando no meu corpo, ou o meu corpo que manda em mim!<br />No entanto, louvo as pessoas que ao terem inteligência para saber das causas de serem fumadores, ainda conseguem racionalizar o seu desejo com causas pertinentes. Apesar de as mesmas em cada cigarro valerem cada vez menos…<br /><br />Foi a minha liçãozinha de moral!<br />Sei que ninguém vai deixar de fumar por isto, mas ao menos já conhecem o porquê de o fazerem…sar.a .sihttp://www.blogger.com/profile/15819151503997030697noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3017798836969571286.post-81933833313121569292009-01-14T23:23:00.002+00:002009-01-14T23:26:08.088+00:00O tamanho das tuas asas...A humanidade pensou durante anos, que a definição correcta de ser humano, deveria ser como ser racional. Pensando assim em fazer testes a pessoas deficientes, que incluíam o raciocínio. E evidenciando sempre a sua deficiência em vez de focarmos as suas qualidades. Este foi um tema com o qual Freud se debateu, até chegar a uma conclusão.<br /><br /> Freud pensou sobre essa tipologia, e chegou à sua conclusão – há três estados de pensamento. O id que significa inconsciente (aquilo que temos medo, desejo…), o ego que define o consciente (aquilo que somos, o que pensamos) e o superego que se define a si mesmo (aquilo que devemos fazer, o “politicamente correcto”. – Foi-me dita uma frase que não esqueci, e que me fez pensar neste conceito de Freud, essa frase é a seguinte: “Não voes como as aves de capoeira, se podes voar mais alto.”<br /><br /> Sendo assim, e pegando nesta frase. Questiono-me. Não seria mais correcto dizer – Não voes como as aves de capoeira, se possuis asas de aves de rapina”? – E mesmo assim, será correcto que uma ave de rapina voe sempre tão alto? Penso que cada ave deve voar conforme o tamanho das suas asas, mesmo que o seu sonho seja voar cada vez mais alto, ou que o seu dever seja permanecer em solo. Tomando como exemplo Freud, podemos definir três tipos de voo. O inconsciente, o consciente e o “correcto”.<br /><br /> No voo inconsciente temos ambições, sonhos com outros voos. Já no consciente temos aquilo que somos, por tanto o tamanho e capacidade das nossas asas e por fim no “correcto” temos como referência aquilo que devemos ser, por tanto, temos em conta o perfil das nossas asas para definirmos o nosso voo.<br /><br /> Para tornar as coisas mais perceptíveis vou criar um exemplo. Imaginemos a ave A, sendo ela a ave de capoeira. A nossa ave, tendo em conta as suas fases, vai no seu voo inconsciente pretender, ambicionar, sonhar voar como uma ave de rapina. No entanto conscientemente esta ave sabe que quer voar e por isso faz as suas tentativas. Já no seu voo “correcto” ela sabe que perante a sua espécie tem o dever de não voar, porque simplesmente uma ave de capoeira não voa.<br /><br /> Abstraindo-me agora, um pouco, do sentido figurado da questão, penso que isto é algo que se torna evidente no nosso dia-a-dia, todos os dias temos que escolher o nosso caminho (o nosso voo), e este efectivamente é um debate permanente entre estes três aspectos. Não é uma decisão que depende exclusivamente daquilo que desejo, ou daquilo que penso, ou memo daquilo que devo fazer. Depende porem do conjunto destes três. É importante pensar, que o que é um bom caminho para mim, pode sem dúvida ser um mau caminho para o que me segue. Posso ter o mesmo “tipo de asas” que o meu companheiro, pois isso é inato, todas as aves de capoeira nascem com asas curtas. Mas cabe a cada um decidir que “tipo de voo” quer ou não seguir.<br /><br /> Em suma, penso que podia acabar com esta pequena frase <strong>“Usa as tuas asas para voar à altitude que consideras segura”.</strong><br /><br />Não é uma ave de rapina mais ou menos forte que uma de capoeira, são distintas, cada uma tem a sua função e os seus objectivos, não cabe a ninguém para além dela mesma decidir que tipo de voo quer ou não seguir, e no seu intimo vai encontrar a sua resposta, deixando prevalecer um ou mais dos três termos que Freud nos ensinou, que mal tem eu ser uma ave de rapina e querer voar como uma de capoeira, se isso me deixa mais segura e mais apta no meu voo.<br /><ul><li>Deverei eu arriscar-me a uma altitude maior só porque a minha espécie está apta para tal? </li><li>Não terá o medo uma influencia tão negativa em mim, que acabarei por perder o meu voo, só porque simplesmente decidi arriscar o comprimento das minhas asas em algo que não acredito? </li></ul><p>Espero poder tomar o meu voo, esquecendo-me de se sou ou não ave de rapina ou de capoeira, espero porem poder seguir aquilo em que penso sem ser tomada pelo desejo, pelo medo, ou pelo dever! E se o for… espero que seja conscientemente!</p>sar.a .sihttp://www.blogger.com/profile/15819151503997030697noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-3017798836969571286.post-80352915496798504202009-01-05T21:41:00.000+00:002009-01-05T21:42:38.886+00:00Aprender a ViverÉ curioso pensar que uma pessoa pode ver o mundo como uma caixa, onde habita, e que por esse motivo tem apenas que responder a estímulos. A vida é isto.<br />Pegando no exemplo de Skinner – Este colocou um rato esfomeado dentro de uma caixa. Na qual o rato andou às voltas até encontrar uma alavanca, foi então que se foi apercebendo que carregando nessa alavanca era retribuído por uma bolinha de comida. – Deste exemplo retiramos a nossa vida em pequenas coisas. Por exemplo, quando andamos na escola e recebemos uma boa nota. Essa funciona como a nossa recompensa!<br /><br />Mas por outro lado Skinner tinha uma técnica, que funcionava como castigo. Isto é, quando a alavanca não era accionado, o rato recebia choques eléctricos. Isto para mim faz ainda mais sentido. Quando nos portamos mal, ou simplesmente não nos portamos, quando permanecemos impávidos e serenos, a nossa vida dá-nos pequenos choques. E muitas vezes não percebemos o porquê de os estar a receber.<br />Assim consigo concluir, que apenas não somos castigados por algo que fazemos mal, mas também por algo que não fazemos.<br /><br />É importante saber, que educamos as nossas crianças segundo este método, mas também é importante não o levar ao exagero. Isto é, se nós queremos dar um castigo a uma criança um castigo porque a criança se portou mal, ou porque não quis fazer alguma coisa, a qual nós exigimos. É igualmente importante que retribuamos o incentivo – desta vez positivo – quando a mesma atinge uma boa prestação. (Devemos ter em conta que um incentivo, não tem que ser uma oferta material, ou um castigo! Pode ser apenas uma referência, ou um mimo… Por exemplo, o pai de Anne Frank deu às suas filhas como exemplo duas anãs imaginárias. A Paula Boa e a Paula Má, para que as suas filhas distinguissem o bem do mal!)<br />Penso, que assim damos uma boa educação às nossas crianças, não apenas para elas nos “facilitarem a vida”, ou para nos sentirmos gratos, ou até mesmo para nos “auto-glorificarmos”, mas sim para que a criança cresça e entenda que a vida não é injusta. Apenas nos dá choques quando não reagimos, para que nós sejamos estimulados, e consequentemente felizes, por “carregarmos na alavanca”.<br /><br />Penso que seria importante aprendermos a viver a nossa vida, com os choques, que de vez em quando ela nos dá! Graças a Skinner, hoje, e futuramente, vou pensar mais nos pequenos choques como incentivos para continuar à procura da “alavanca”…<br />Boa Sorte =)sar.a .sihttp://www.blogger.com/profile/15819151503997030697noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3017798836969571286.post-72273251633603872492008-12-24T19:19:00.001+00:002008-12-24T19:20:58.964+00:00Hoje há Natal?!Será Natal?<br />Vejo tanta confusão.<br />Tantos olhos tristes.<br />Onde está a felicidade de coração?<br /><br />Será que sabem,<br />Que hoje nasce Jesus?<br />Não vejo alegria…<br />Nem sequer simpatia!<br /><br />Só vejo um corrupio,<br />E pessoas com frio.<br />Não é este frio de temperatura,<br />É frio de amor!<br /><br />Já não há Jesus<br />Nestes olhos tristes.<br />Ups… enfim aparece algo.<br />Outrora vi olhos felizes.<br /><br />Eram crianças,<br />Haverá esperança?<br />Ou não conheceram estas,<br />O nascimento da Divina Aliança?<br /><br />Partilho hoje convosco este poema que eu mesma escrevi, na minha infinita esperança que o Natal nasca hoje nos corações mais fortes e nos mais fracos, e que também os mais fortes tenham coragem de partilhar com os mais fracos a infinita felicidade que é conhecer Jesus e celebrar o seu nascimento.<br /><br />Um Santo Natal =)sar.a .sihttp://www.blogger.com/profile/15819151503997030697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3017798836969571286.post-7970764166335322932008-12-21T15:20:00.000+00:002008-12-21T15:21:24.690+00:00CrepúsculoO tema que me leva hoje a escrever, é diferente de qualquer outro que eu já escrevi, porque normalmente escrevo sobre coisas que me deixam a pensar, de coisas que me acontecem na vida, ou que eu sei que pode acontecer, ou que já acontece mas não a mim… Mas hoje o que me leva a escrever, é sobre algo que considero irreal… que considero impossível de alcançar, e tenho a esperança inconsciente que daqui a uns anos possa vir ao blog e rir-me por achar que é impossível uma coisa que na realidade me acontece!<br /><br />Eu fui ao cinema, com o meu grupo de catequese, no qual sou catequista, e porque foi de uma escolha de toda a gente, fomos ver o crepúsculo. Sinceramente eu fiquei naquela “ok, vou ver isto, mas cheira-me que vai ser uma porcaria, como é que um filme pode ser bom com tantas categorias? É impossível”. Felizmente o filme superou todas as minhas expectativas, e adorei. Mais de qualquer um dia gostei de um filme! Curiosamente o filme fez-me sonhar, sonho a dormir, mas pior, sonho acordada!<br /><br />Sonho acordada que um dia possa gostar de alguém ao ponto de arriscar tudo por ela, mas sonho ainda mais, por ter a consciência que ninguém me defenderia até à sua própria morte! E que muito menos morreria para salvar a minha vida!<br />Sonho um dia amar alguém de uma maneira tão irracional, que seja capaz de esquecer tudo o que ela tenha feito de mal, e ao ponto de poder dar a minha vida, e me tornar igualmente má para poder estar com essa pessoa!<br /><br />São coisas que tenho a consciência que nunca me vão acontecer, pois não me vejo na qualidade de mudar aquilo que sou para poder estar com outra pessoa, e de certa forma, até invejo quem o faz. Invejo quem sente um amor tão forte que seja capaz de tudo e mais alguma coisa. E sinto falta disso… sinto falta de uma protecção intensa que alguém me possa realizar, ao ponto de me levar até ao ponto mais alto da sua vida para me mostrar quem é, ou ao ponto mais baixo… e sonho que mesmo ao ver o seu ponto mais baixo, consiga não ter medo. Não ter medo e apaixonar-me cada vez mais. Ter a capacidade de assumir uma relação, mesmo que isso prejudica-se a minha vida ao ponto de a poder perder!<br /><br /><strong>Sonho com o imortalidade do amor, na minha mortalidade terrestre!</strong>sar.a .sihttp://www.blogger.com/profile/15819151503997030697noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3017798836969571286.post-57929529210089322402008-12-04T22:11:00.001+00:002008-12-04T22:34:00.044+00:00O meu primeiro pseudo-poema aqui publicadoNão é isto amor que deveras sinto?<br />Não é do coração,<br />Que vem este amor faminto,<br />É de ti, oh pensamento<br /><br />Que dor, mas que tormento<br />Achar que é dor esta palpitação<br />Que me vem de dentro,<br />Mas és tu oh pobre alma<br /><br />Que alma faminta,<br />Que procuras tu no amor?<br />Mas que sentimento mais seco,<br />Que só vive de calor.<br /><br />É isto que procuras?<br />É esta a sensação?<br />Amor a sério é aquele que te vem da Alma<br />E não do coração.<br /><br />Pobre coração que finges tanto,<br />Palpitas como um relógio,<br />Esse que às horas dá um fim,<br />Mas tu?<br /><br />Que fim encontras nessa palpitação?<br />Pobre de ti,<br />Que de tão só que estás,<br />Precisas dessa alimentação.<br /><br />É assim que se explica o amor,<br />Uma falsa dor com um pobre orador…<br />O coração é uma farsa,<br />Até a sua imagem é uma ameaça.<br /><br />Se ao menos fosses como se vê,<br />Serias lindo,<br />Mas de tão feio que és,<br />Permaneces ai escondido…<br /><br />Pobre mentiroso,<br />Que finges sentir aquilo que não sentes,<br />És apenas mais um…<br />Que triste ser carente!sar.a .sihttp://www.blogger.com/profile/15819151503997030697noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3017798836969571286.post-53896752749310055282008-11-20T15:42:00.002+00:002008-11-20T15:45:49.151+00:00Persona na Sociedade<div align="left">Aquilo que pretendo escrever hoje, tem um tema bastante visível, tanto porque fala de nós, proponho-me a tentar perceber o que é ser uma Pessoa. Assim começo por explicar a origem da palavra, pessoa, vem de Persona, que pode parecer logo de início que é simplesmente a mesma coisa, e realmente é, mas Persona quer dizer outra coisa, significa para além de Pessoa, Máscara. E questionamos o porquê. É simples. Se pensarmos na nossa maneira de estar no mundo, entendemos que todos os dias colocamos várias máscaras, somos uma coisa quando estamos com a família, outra quando estamos com os amigos, e outras na escola ou no trabalho, temos imensas, perante o estado de espírito, o local onde estamos, com quem estamos e o que queremos mostrar claro.<br />Todos entendemos agora qual o tema que quero escrever, mas não vou falar dele em especifico, ou pelo menos não o quero especificar mais que isto, porque o que me interessa agora é apresentar a minha tese, e essa é: <strong>será que teríamos todas estas mascaras se não vivêssemos em sociedade?</strong> Talvez não teriam um porque de existir, porque se somos então diferentes para as outras pessoas, e se não tivéssemos que conviver com elas, não haveria um porquê de as ter.<br />Já Fernando Pessoa escreveu sobre isso, e de tão importantes são as suas palavras, vou descrever um dos seus poemas que logo me veio á mente quando pensei neste tema:<br /><br />Cerca de grandes muros quem te sonhas.</div><div align="left">Depois, onde é visível o jardim</div><div align="left">Através do portão de grade dada, </div><div align="left">Põe quantas flores são as mais risonhas, </div><div align="left">Para que te conheçam só assim. </div><div align="left">Onde ninguém o vir não ponhas nada</div><div align="left"><br />Faze canteiros como os que outros têm, </div><div align="left">Onde os olhares possam entrever </div><div align="left">O teu jardim com lho vais mostrar. </div><div align="left">Mas onde és teu, e nunca o vê ninguém, </div><div align="left">Deixa as flores que vêm do chão crescer </div><div align="left">E deixa as ervas naturais medrar.</div><div align="left"><br />Faze de ti um duplo ser guardado; </div><div align="left">E que ninguém, que veja e fite, possa </div><div align="left">Saber mais que um jardim de quem tu és - </div><div align="left">Um jardim ostensivo e reservado, </div><div align="left">Por trás do qual a flor nativa roça </div><div align="left">A erva tão pobre que nem tu a vês..<br /> Fernando Pessoa.<br /><br /> É tão interessante que logo quando o li conseguia dizer, que a resposta á pergunta da minha tese, era não, ninguém pode ter mascaras se não tiver a quem as apresentar, e poderia até o Fernando Pessoa ter essa opinião, mas será que tinha? Vejo que no último verso nos diz, “A era tão pobre que nem tu a vês…”, e isto faz-me pensar. Será que eu não tenho, também mascaras para mim própria, será que essa erva que nem eu a vejo, sou eu, que nem sequer a quero ver? Será que me recuso a ver quem sou, ou o que faço, porque concretizo mascaras na minha cabeça e com elas fico, pensando que sou eu. Sei que sim, mas será que o fazia se não estivesse em sociedade. Isso não sei, porque sempre me conheci assim, nunca vivi de outra forma, mas tenho imaginação.<br /> Pensando no "menino selvagem", (por exemplo o Mogly do Livro da Selva), eu penso, que ele conseguia criar estes jogos mentais e mascarar-se, primeiro que tudo ele pensou ser um animal que não era, e por isso adoptou uma posição que não era a sua de natureza, isso a mim parece-me que é uma máscara, e não foi preciso conviver em sociedade, mas sim viver com outros de outra espécie. Mas mesmo opondo-me a esta questão e pensando, não é uma mascara, porque pode ser apenas um instinto, tudo bem. Será então que o menino selvagem não escolhia uma máscara para quando estava com os macacos, ou para quando estava com outros animais, não teria ele que se fazer de forte, não mostrar medo, quando tremia de medo por dentro de um leão que avistava? Não terá ele sentido esse medo quando foi para um laboratório e lá ficou, a fazer experiencias, com pessoas que não conhecia, não teve que adoptar coisas que não eram suas. Eu creio que se o tornássemos a por na selva, automaticamente ele iria abandonar a posição erecta, não será isso uma mascara?<br /> A mim parece-me que a resposta á minha tese é sim, apesar de respeitar qualquer outra opinião, aprovo qualquer uma delas, mas respeito a minha, porque me conheço, e porque sei que muitas vezes dou por mim a imaginar coisas que não existem, que não sou eu, mas que gostava de ser, e não são sonhos, são posições que eu quero tomar, que digo que sim, que é verdade, e convenço-me a mim mesma das minhas próprias mentiras sobre mim mesma. Acredito que toda os seres pensam, uns mais que outros, e por isso é que os humanos são considerados racionais, (apesar de muitas vezes não o serem), mas, no entanto não creio que só faz parte da essência humana acreditar que somos aquilo que não somos, porque se assim não fosse, um animal não se jogava ao perigo, porque saberia á partida que não seria capaz de o derrubar.<br /> Não fiquemos nós a pensar que somos uns fingidores, somos apenas actores da nossa própria vida, somos escritores da nossa própria narrativa, enfim, somos os pintores da nossa própria tela, e somos felizes, porque nos queremos assim.</div>sar.a .sihttp://www.blogger.com/profile/15819151503997030697noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3017798836969571286.post-90402232636800612242008-10-19T11:37:00.003+01:002008-10-19T11:59:48.844+01:00AjudarJá há algum tempo que estou para escrever este post, no entanto para além de não ter tido oportunidade de ir a net, visto ser só um pc cá em casa, e estarem sempre agarrados aqui a jogar jogos de tirinhos que não servem para nada… mas enfim, é só um desabafo! Para além disto, ainda por cima não sabia bem como abordar este tema, e mesmo agora não sei… mas decidi arriscar e falar daquilo que acho e pronto! Perdoem-me se acharem o meu post muito agressivo, mas é a minha maneira de ver as coisas, não tem que ser a vossa, e é por isso que agradeço os vossos comentários!<br /><br />Aquilo que eu quero tratar é sobre a nossa disponibilidade por ajudar!<br /><br />Todos os anos se ouvem falar das missões, e agora, para quem é católico, está na altura! Pois bem, há sempre um grande entusiasmo para ajudar-mos os países não desenvolvidos, e acho que sim, que é bom, mas a minha pergunta é, que moral é que temos para o fazer? Sim, que moral? O nosso país está cheio de pobreza e de desigualdade monetária, e não vejo esta sensibilidade toda para ajudar os nossos pobre… é importante ver, que em todos os países que se dizem “desenvolvidos” há grande parte dele que está “não desenvolvida”, e não vejo ajudas para essas pessoas.<br /><br />A verdade é que não sei bem como funciona, mas aquilo que sei é que há poucas instituições do estado para ajudar essas pessoas, e as que há de certo que são carenciadas, agora sei que há muitas espalhadas por Portugal, mas essas voluntárias, e que por isso não têm financiamento, sobrevivem da caridade de uns e de outros!<br /><br />Aquilo que quero transmitir é, se realmente me falta a mim de comer, como é que posso ajudar o meu vizinho?<br />Se eu tiver um problema, convém-me soluciona-lo para depois conseguir ajudar o vizinho, e a opinião é quase geral, quase todos pensamos assim! Mas na hora de ajudar, só conseguimos ver o mal que os outros têm, e o nosso, passa-nos ao lado!<br /><br />Eu penso que é importante ajudar os outros países, claro que sim, e já vimos que nisso Portugal é bastante bom! No entanto o nosso não pode ser deixado para traz, se não qualquer dia, nem os outros conseguimos ajudar, porque nem para nós temos, e ai nós é que vamos precisar de ajuda!<br /><br />Também acho interessante, mas disto não vou falar muito, que sejam dadas verbas para estádios de futebol, para o Euro, que agora estão ao abandono! Já para não falar das questões rodoviárias, que algumas de certo que são necessárias, mas outras, não sei até que ponto serão… mas como disse, não me quero alongar neste tema!<br /><br />Também poderia falar de África, que é o continente mais rico, e ao mesmo tempo o mais ajudado, porque a nossa ajuda é como que dar o peixe e não ensinar a pescar, ou seja, se eu estiver sempre a dar esmolas a um drogado, ele não se vai querer curar, mas se eu chegar ao pé dele e o ensinar a curar-se, talvez ele não precise mais da nossa esmola… Mas aqui já ia falar de interesses políticos, e de trafico de armas e drogas, que não é de todo o objectivo deste post.<br /><br />Agora entendem o porquê da minha dificuldade em fazer este post, é o facto de ser um tema muito delicado, que implica a exploração de outros temas ainda mais complicados…<br /><br />Aquilo que quero mesmo fixar como ideia principal é, não será melhor termos uma estabilidade, e depois então ajudar os outros a ficarem estáveis?<br /><br /><strong>Isto aplica-se muito bem a nossa situação pessoal, e não só há do país… devíamos pensar nisto…</strong><br /><br /><strong>Eu própria passo a vida a errar!</strong>sar.a .sihttp://www.blogger.com/profile/15819151503997030697noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3017798836969571286.post-52724062660916023492008-10-07T16:19:00.002+01:002008-10-07T16:26:12.868+01:00Ditado ChinêsHá um ditado chinês que diz:<br /><em>“Se dois homens forem por uma estrada, e cada um deles levar um pão, e se ao se cruzarem trocarem os seus pães cada um vai para casa com um pão. No entanto se os mesmos homens forem na mesma estrada, mas invés de pão levarem cada um uma ideia, quando as trocarem irão para casa, cada um com duas ideias”</em><br /><br />Eu gosto imenso de ditados chineses, acho que são bastantes interessantes, e hoje apeteceu-me pensar sobre este!<br /><br />É importante que tenhamos em conta que a partilha é uma das maiores armas da humanidade, ter uma linguagem e conseguir partilhar com qualquer pessoa, é fantástico, e muitas vezes não aproveitamos isso.<br /><br />A partilha de conhecimento já vem, mesmo antes de sermos Homo Sapiens Sapiens, foram os Homo Erectus que “inventaram” esta hierarquização que definia, que os mais velhos como já não estavam aptos para a caça, ensinavam os mais novos (que ainda não estavam aptos para a caça), e isso durante anos foi importantíssimo para a organização e sobrevivência da espécie, no entanto isso por si só não chegava, porque eram transmissões de conhecimentos elaboradas por demonstrações, o que se tornava complicado quando alguém estava longe, o que não dava para avisar certos perigos.<br /><br />Hoje somos Homo Sapiens Sapiens e felizmente temos a capacidade de comunicar, e transmitir conhecimentos através de conversas, livros, revistas, Internet, blogs… cada vez é mais fácil comunicar e mesmo assim muitas vezes perdemos essa oportunidade!<br /><br />Hoje, estava a dar uma vista de olhos por uns blogs e vi um post engraçado, mas estava com receio de comentar, por ser de uma pessoa que não conheço, e quantas vezes vou na rua e tenho vergonha de dizer isto, ou aquilo, e nas aulas, e no trabalho…<br /><br />Quantas vezes poderia ter ajudado alguém se me tivesse “intrometido” na conversa?<br /><br />É assim, está criado um afastamento nas pessoas, que por um lado afasta a “cusquice”, mas por outro lado, não ajuda em nada… Talvez os nossos avós tenham razão, e no tempo deles é que era, porque podíamos ir a vizinha pedir açúcar emprestado, agora nem sabemos o nome dos nossos vizinhos…<br /><br />Já não digo para partilharmos com o desconhecido, mas ás vezes era bom termos conversas com os nossos amigos das coisas que pensamos, em vez de falarmos nas banalidades que nos passam à frente todos os dias…<br /><br />É importante comunicar, e acima de tudo é importante partilhar conhecimentos, é isso que faz com que nós evoluíamos!<br /><br />É nestas alturas que penso, ainda bem que tenho um blog!<br /><br />Boas Partilhas =)sar.a .sihttp://www.blogger.com/profile/15819151503997030697noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3017798836969571286.post-31595631030753782252008-10-02T16:11:00.006+01:002008-10-02T17:02:21.067+01:00Nova ImagemEste post vai ser certamente o menos comentado! Até pode ter interesse para alguns (poucos), mas pronto, eu apetece-me escreve-lo, e quero partilhar com vocês a mudança de imagem do blog (para quem não reparou).<br /><br />Quanto ás aplicações do lado esquerdo, foi o Sérgio que se encarregou de o fazer! E tem alterado o pensamento do dia, todos os dias... =)<br /><br />Em relação ás cores, foram mudadas porque ficava melhor com a imagem, e porque são cores bonitas =)<br /><br />Agora aquilo que eu quero falar mesmo, é da imagem!<br /><br />A imagem do cabeçalho, foi elaborada, "montada", por mim...<br /><br />Aquilo que quero transmitir com ela, é obviamente a ideia do blog!<br /><br />Mais há esquerda tem o titulo do blog, que é fácil de entender, Pensamentarix, de Pensamento... que é aquilo que quero fazer com este blog, acima de tudo, pensar!<br /><br />Depois tem um homem com a mão na cabeça, na posição do <em>Pensador,</em> de Rodin, que é sem dúvida a minha tentativa de alusão ao pensamento!<br /><br />Essa parte da imagem está a preto, propositadamente, com a ideia de transmitir a solidão dos pensamentos, porque eles são criados dentro de nós e fazem-nos ser melhores… porque pensamos…<br />E era tudo tão parvo, se os nossos pensamentos não fossem sós, porque queria dizer que perdiamos a intimidade de os ter, e ele poderiam ser Acessíveis a qualquer um, mesmo quando não o queriamos!<br /><br />Na cara do homem, tem um relógio, que significa o pouco tempo que disponibilizamos aos nossos pensamentos, e ás nossas coisas, porque na realidade vivemos num tempo em que não há tempo para nada… porque estamos demasiadamente preocupados em fazer tudo, ao mesmo tempo… e depois, não há tempo…<br /><br />Ainda no meio, e muito pequenininho, tem um género de balão de fala, que significa a pouca (e daí ser pequeno) capacidade que temos de dizer aquilo que pensamos, e até a vergonha que temos muitas vezes de mostrar a nossa opinião, é talvez por isso que eu tenho um blog, para fugir a esse medo, e para partilhar com todos aquilo que penso…<br /><br />Do lado direito há como que um corte e aparece um quadrado com luz, e com alegria, dai as pessoas aos “saltos”… onde eu quero mostrar que os pensamentos não são coisas assim tão negras, que também há o outro lado, que é a felicidade!<br /><br />É como se houvesse o lado mau, e o lado bom, sendo que aqui o lado “mau” não é mau, porque é aquilo que nos leva ao bom… pode é ser considerado por alguns, “numa seca”…<br /><br />A imagem “base”, desta imagem, é uma imagem de um pôr-do-sol, lindo, que o Sérgio tirou, quando vínhamos do Alentejo… Apesar de não se notar, posso dizer que o amarelo do nariz do homem da esquerda, é amarelo, porque é o sol… e o azul do lado esquerdo é o céu…<br /><br />E posso dizer, que a vida é mesmo assim, a “base” da nossa vida, é a menos notada por todos, como um pôr-do-sol, ou o nascer, a chuva, o frio, o calor e o vento, normalmente só são notados, quando criticados, e não percebemos que desprezamos aquilo que de melhor temos na vida… <strong>que é a própria vida! </strong><br /><br />Para terminar, a ordem está assim e não é ao acaso, Pensar - Falar - Felicidade / Homem a pensar - Balão de fala - Pessoas aos "saltos" de felicidade!<br /><br />A ideia que eu quero também transmitir, é que talvez "meio caminho andado" para a felicidade, é o falarmos, e por outro lado, aquilo que traz a minha felicidade com o Pensamentarix é a hipotese de dar "fala" aos meus pensamentos!<br /><br />Sem me adiantar muito, era isto que queria dizer…<br />Acho que o blog ganhou outra vida com a mudança, não é só um blog com pensamentos, mas um blog com pensamentos, e com imagem…<br /><br />Acho que todos preferem assim? Ou não? (… se calhar eu é que tenho a mania das artes, e acho que sim… o Sérgio nem entendeu o homem da esquerda… lol)sar.a .sihttp://www.blogger.com/profile/15819151503997030697noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3017798836969571286.post-87679971053099245212008-09-27T10:10:00.000+01:002008-09-27T10:21:16.516+01:00Liberdade<a href="http://4.bp.blogspot.com/_nNE8OjN0IRI/SN349-exb5I/AAAAAAAAABU/_2gymd-eVbA/s1600-h/Velasquez-las-meninias.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5250626484211642258" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://4.bp.blogspot.com/_nNE8OjN0IRI/SN349-exb5I/AAAAAAAAABU/_2gymd-eVbA/s400/Velasquez-las-meninias.jpg" border="0" /></a><br /><div>Hoje apresento aqui uma bela pintura, chamada “as meninas”, de Velásquez! Vocês devem-se estar a perguntar, sim e então? Pois é isto para além de ser uma pintura, é uma critica à forma como as crianças eram tratadas naquela altura…<br /><br />Estas meninas que aqui estão a ver, eram nem mais nem menos, vistas como adultos em miniatura, então eram forçados a agir e a fazer tudo o que eles faziam, exemplo disso é os fatos com que aquelas meninas estão vestidas, não só por uma questão de aparência como também como uma questão de postura, pois elas eram apertadas com corpetes, esticadas, de tal forma que mal se conseguiam mexer, podemos ver que qualque expressão de movimento caracterizada neste quadro, por estas crianças é com bastante dificuldade.<br /><br />Bem, mas este post não é nenhuma critica de arte, apesar deste quadro me ter ajudado a ver uma realidade, nossa, de uma maneira diferente…<br /><br />Só quero acrescentar, que eram poucas as crianças que chegavam a esta idade, porque quando nasciam eram amarradas, quase que mumificadas, com um género de ligadura, para não se mexerem, não fazerem nada, o que podem concluir, que as que sobreviviam, não eram pessoas com muita resistência!<br /><br />E isto sim é importante falar hoje em dia, penso, que as pessoas de hoje, não têm ainda noção de que uma criança já é um ser humano, e que já está a gerar a sua própria personalidade dentro da barriga da mãe!<br /><br />Quanto ás mulheres grávidas, se dizem que amam tantos os seus filhos, porque é que fumam a pensar “é só este”, ou que o dizem com uma grande lata “só fumo um por semana”, epá, e sabem que esse cigarro por semana pode invalidar a vida do seu filho para sempre?<br /><br />É importante questionar, a uma mãe que planeia ter um filho, ou uma que não planeia, e pura simplesmente o aceita, e por isso é que o têm, se sabe que está a gerar um ser, que não é uma parte dela, e por isso não pode ser tratado como tal, <strong>um filho não é mais um órgão que uma mãe ganha quando está grávida, é um ser humano</strong>, e já está provado cientificamente (sim porque nós gostamos de coisas provadas cientificamente, parece que têm mais importância), que um bebé começa a formar a sua personalidade dentro da barriga.<br /><br />Uma mãe que sofre de ansiedade durante o parto, torna uma criança nervosa, uma mãe que bebe durante o parto, pode ter uma criança alcoólica, e esses aspectos podem até nem se anunciarem à nascença, mas por outro lado podem vir a prejudicar a criança mais tarde, e é por isso que devemos, depois da criança nascer, criar hábitos que contrariem os problemas que nasceram com a criança, já que não os soubemos travar quando ele era um bebe dentro de uma barriga!<br /><br />Acho que o nosso principal problema é achar que somos livres por tudo e por nada, e esquecermo-nos que “a nossa liberdade acaba onde começa o a de outro”, e um bebe é outro como nós! Tem a sua liberdade, e é importante dar-lha.<br /><br />E aqui mete-se outra pergunta que me perturba, se não estou preparada para ser mãe, aborto? Isto é uma pergunta que me deixa triste, vivemos num país em que temos a hipótese legal de abortar, isso não sei se será liberdade, a verdade é que se não fosse legal, eles eram feitos também, e com menos condições, mas na minha opinião, era uma escolha feita pela mãe, e se ela não se preocupa com o filho, paciência, não podemos passar a vida a chorar sobre o assunto, mas a verdade é que ela o ia fazer sem esperar apoios de qualquer parte, porque era assim que funcionava, agora quase que se promove o aborto, é tão fácil fazer um aborto, que se não tiver nada que fazer posso fazer um, no entanto é feito em hospitais, onde, já que se responsabilizam por o “dar”, também se deveriam responsabilizar por acompanhar a mãe depois do parto, porque uma mãe que faz um aborto, não deve ser de animo leve para ela, e vai ser ainda mais difícil ter um filho depois disso, e ai debatemos outra vez a questão de que se tivermos um filho não podemos pensar nele como um órgão novo que ganhamos no nosso corpo…<br /><br /><strong>É importante pensar nisto, num mundo em que se criam tantas facilidades, que não são sinónimo felicidades!</strong></div>sar.a .sihttp://www.blogger.com/profile/15819151503997030697noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3017798836969571286.post-49831772789678078292008-09-22T22:30:00.000+01:002008-09-22T22:33:51.349+01:00Eu existo?<div align="justify"><br />Desta vez escrevo sobre o sentido da vida, ou se preferirem sobre o sentido do "eu", a verdadeira questão deste texto é "eu existo?"!</div><div align="justify"><br />Esta pergunta, é uma das perguntas mais básicas e primárias do ser humano, "quem sou eu?", já foram criadas várias resposta a este pergunta mas nenhuma delas responde totalmente<br />A pergunta, e dessa forma concluímos que é uma pergunta sem resposta!<br />Aliada a essa questão surgem bastante outras que é importante responder!<br />Foram-me colocadas uma serie de perguntas sobre este tema, as quais passo a nomear:</div><div align="justify"><br />O que é o ser humano?<br />Existir e o ser não se encontram ligados?<br />Que consciência temos nós da nossa própria existência?<br />Quem somos nós?<br />Eu existo de verdade? O que é a vida?<br />A minha Alma depende do amor pelo outro?<br />Para além da morte que certeza é que temos?<br />Existo porque penso? E se não pensar não existo?</div><div align="justify"><br />Vejamos, tudo o que aqui vou escrever é a minha visão da vida, não está escrito em lado nenhum, e não tem que ser levado em conta como uma verdade absoluta!</div><div align="justify"><br />Há primeira pergunta, <strong>O que é o ser humano?</strong> Os cientistas já responderam, o ser humano é uma panóplia de códigos genéticos, eu sou a Sara, porque sou filha da minha mãe e do meu pai, e assim consequentemente sou baixa de olhos castanho, cabelos castanhos, pele clara , …, mas no fundo não é esta a resposta que procuramos, porque esta já nós sabemos.<br />Acho que primeiramente deveríamos perguntar-nos a nós mesmos se realmente temos necessidade de saber o que somos, ou se não podemos ir descobrindo isso durante a nossa vida… Nós construímos a nossa vida, e adaptamo-nos às circunstancias, nós somos aquilo que escolhemos ser, somos seres encantadores por isso, pois se algum tempo se pensava que Deus nos mandava ao mundo para fazer uma vida, que ele definia, hoje já se pensa que Deus nos manda ao mundo para que nos próprios tenhamos o livre arbítrio de escolher o que queremos ser, e é por isso que há várias cores, que há a arte, a ciência, as humanidades, a politica e tudo mais, porque somos todos diferentes! E é isso que nos torna importantes, e únicos, e é isso que dá piada á vida, é o facto de sermos criadores de nós mesmos!<br />Eu pessoalmente não acredito no Destino, não acredito que nascemos para sermos aquilo que já está pré-definido, e não acredito por um motivo muito claro, se assim fosse, eu não precisava pensar, não precisava ter inteligência para seguir o melhor caminho, e muito menos precisava da capacidade de decisão que tenho… A mim parece-me óbvio, mas não quero com isso dizer que as pessoas que o acreditam estão erradas, cada um tem o seu motivo, e as suas crenças, e é isso que nos torna subjectivos, e isso é uma qualidade linda no ser humano!</div><div align="justify"><br />Segunda pergunta, <strong>Existir e o ser não se encontram ligados?</strong> A esta pergunta a minha resposta é que sim, encontram-se ligados, porque para ser temos que existir, são dois conceitos que dependem um do outro, para existir precisamos de ser, ou seja, eu não posso ser a Sara se não existir, e a existência não tem que ser física, por exemplo ainda hoje lemos os textos de Alberto Caeiro, que não existiu como ser palpável, mas que por Fernando Pessoa tomou vida, e por isso podemos ler a sua história, que não é mais nem menos do que a existência dele! Da mesma forma eu não posso ser se não existir, porque o conceito ser só tem sentido quando aliado ao conceito existir, ninguém é se não existir!</div><div align="justify"><br />Terceira pergunta, <strong>Que consciência temos nós da nossa própria existência?</strong> Esta pergunta é bastante boa, a nossa consciência é a verdadeira aprendizagem da vida, estamos sempre a aprender a nossa existência, sempre a aprender quem somos, e de certa forma, o que estamos a fazer aqui, nesta passagem que é a vida.<br />Quando nascemos tomamos logo consciência da nossa existência a partir do momento em que nos adaptamos a vida terrestre, e a primeira aprendizagem é sem duvida o respirar, e talvez esta seja a mais bonita forma de viver, o respirar, pois nós não temos consciência de que é o que nos mantém vivos, e é a nossa primeira forma de vida… posteriormente todos os desafios que nos aparecem durante a vida são sem dúvida consciencializações da nossa existência.</div><div align="justify"><br />Quarta pergunta, <strong>Quem somos nós?</strong> Esta pergunta é a junção entre a primeira pergunta e a terceira, ou seja, Nós somos um conjuntos de códigos genéticos que se traduzem no físico, e o conjuntos de conhecimentos que adquirimos, e os quais nos permite ir conhecendo a minha identidade psicológica o "quem sou eu".</div><div align="justify"><br />Quinta pergunta, <strong>Eu existo de verdade?</strong> <strong>O que é a vida?</strong> Á primeira pergunta a resposta é seguramente SIM, sem qualquer duvida, eu existo, existo até por mais que um motivo, e felizmente vou existir mais anos no psicológico que no físico. Isto porque, eu existo enquanto ser humano, enquanto ser visível e palpável, e enquanto ser pensante. No entanto quando morrer fisicamente, vou continuar viva (fora as crenças), vou continuar viva na cabeça dos outros que me amam, e isso é a forma mais bonita de estar viva, e de existir, é existir pelo amor dos outros!<br />O que é a Vida? A Vida é uma coisa linda, é uma passagem fantástica que temos a oportunidade de presenciar, a vida é uma transmissão de conhecimentos, e de culturas, que consistem na evolução do Eu, enquanto vivo, e do Mundo, após a minha morte. Isto porque enquanto vivo, a minha vida é uma aprendizagem de mim própria, é a construção do tal "eu" referido anteriormente, mas após de morta, é uma evolução ainda maior, pois eu conjuntamente com a minha comunidade, e com a minha cultura, vamos sempre, no dia-a-dia, descobrindo coisas que vão não só servir-me no presente, como também ajudar as gerações futuras a viverem o seu presente.<br />E é para além disso a capacidade que temos de educar o próximo e a nós mesmos, e claro, a vida a criação de mais vida através da procriação.<br />Na minha opinião a vida é uma passagem linda que tem que ser aproveitada ao máximo, pois certamente não teremos outra oportunidade tão bonita de existir, de ser, de ter um "eu".</div><div align="justify"><br />Sexta pergunta, <strong>A minha Alma depende do amor pelo outro? </strong>A Minha resposta é SIM, certamente e sem qualquer dúvida, nós estamos no mundo para ser felizes, mas a coisa mais humana que temos, o sentimento mais humano que temos é o amor pelo outro. Já a nossa alma é a coisa mais bonita que tenho, é a nossa maior arma intelectual, é a nossa mente! E a nossa mente é feita de conhecimentos, conhecimentos que adquirimos com os outros e pelo amor dos outros, posso até concluir que a salvação da alma é o amor pelos outros, pois apos a morte só a nossa alma sobrevive, e essa alma irá ser sempre recordada por aqueles que nos amam!<br />Sétima pergunta, <strong>Para além da morte que certeza é que temos?</strong> Esta pergunta é muito interessante, do ponto de vista de que para morrermos precisamos de estar vivos, logo ai não temos logo a certeza que estamos vivos? Para morrermos fisicamente temos que ter corpo, logo ai precisamos decididamente de ter um corpo, para morrermos de alma, temos que ter uma alma, e com ela, todos os conceitos que respondi na pergunta anterior, ou seja o amor pelo próximo e por nos próprios. Para morrermos temos que existir, e para existir temos que fazer tudo aquilo que já respondi nas perguntas anteriores. Afinal quando dizemos que a única certeza que temos é a morte, acho que não estamos a ser correctos, pois lá está a questão do destino, se nascêssemos apenas para morrer, o que é que estávamos aqui a fazer? A ocupar espaço? Para quê? Se formos a ver a Terra era um planeta muito mais bonito antes da nossa existência, nem tinha poluição, nem guerra, nem problemas emocionais, de saúde, de política ou de gestão…<br />Afinal temos muitas certezas na vida! E felizmente temos vida, e só esta vida nos dá a capacidade de colocar estas questões todas, incluindo esta oitava pergunta!</div><div align="justify"><br />Oitava pergunta, <strong>Existo porque penso? E se não pensar não existo?</strong> Na minha modesta opinião, estamos sempre a pensar, não há a hipótese de não pensar, e também não há a hipótese de questionar se não existirmos! No entanto é uma "dupla pergunta", muito difícil de responder, acho que novamente se tratam de dois conceitos que são necessários para a existência de cada um deles. Passo a explicar, Existo porque penso, sim porque o pensar é uma maneira de existir, como já tínhamos entendido com as perguntas anteriores nos existimos da nossa capacidade de nos descobrirmos, da nossa capacidade de nos criarmos a nós próprios! Agora se não pensar não existo, de facto não existo se não pensar, mas não porque sou capaz de estar viva sem pensar, mas sim porque se não pensar é porque não tenho vida, não tenho corpo, não tenho nada, porque pura e simplesmente não tenho um "EU", é difícil de entender o que estou a crer dizer, até porque pura e simplesmente não estou a ser concreta, o que eu estou a dizer é que não há essa possibilidade, se alguém tivesse a capacidade de não pensar, é porque não era ninguém não era vivo! A Minha resposta a essa pergunta é simples, Existo porque penso, porque para me conhecer tenho que pensar, tenho que me descobrir a mim mesma, mas não há a hipótese de não pensar, porque somos seres pensantes, e somos únicos por estarmos sempre a pensar, e sempre na descoberta do nosso "eu".<br />Assim finalizo este meu texto, respondendo ás perguntas que me propuseram, e concluo este texto indicando que a vida é demasiado bonita para ser questionada, devemos pensar naquilo que somos como uma aprendizagem, e não como uma pergunta sem resposta! A única coisa que nos deve preocupar é sermos felizes, e se realmente o formos, não precisamos pensar nisso, porque involuntariamente já estamos a pensar… e não nos preocupamos com isso.<br />Abraçar a vida é a melhor forma de viver, e viver é existir… porque pensamos!</div>sar.a .sihttp://www.blogger.com/profile/15819151503997030697noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3017798836969571286.post-63683970040900475102008-09-18T15:15:00.000+01:002008-09-18T15:33:28.200+01:00a menteSe há uns dias escrevi aqui indignada com o mundo e com as coisas más do mundo, hoje apetece-me escrever algo mais positivo. Pois é!<br /><br />A vida nem sempre tem coisas más, e quando as tem, convém ver nelas o que de melhor há, eu por acaso, estive um bocado desmoralizada com a vida, mas são fases, e agora que já estou sóbria da minha embriaguês de raiva, consigo ver que ouve pontos positivos!<br /><br />Hoje apetece-me falar da Alma, e da beleza que nela consiste, sou capaz de dizer, que a coisa mais bonita que Deus inventou foi a alma!<br /><br />Primeiro convém definirmos o que é a Alma, a Alma é aquilo que dá ao ser humano a capacidade de raciocinar, por tanto aquilo que se opõe ao instinto, digamos, que é a arma que a sociedade usa para racionalizar o homem, aquilo que nos distingue dos animais!<br /><br />A Origem da palavra Alma, vem de Psyché, que deu origem a Psico, de Psicologia! (assim e só a titulo de curiosidade, a Psicologia é o Discurso da Alma)<br /><br />Eu tenho a alma como uma coisa linda, que nos torna únicos, e adoro saber que tenho presente sempre comigo uma alma, sempre a ser trabalhada, pela cultura, pelo pensamento…<br /><br />Também acho linda a ideia de que ao morrermos só a nossa alma persiste, e esta ideia vem desde o inicio da palavra, porque Psyché também quer dizer borboleta, e não é ao acaso, é para dar a ideia de libertação, o corpo (o casulo), que depois da morte, abre asas e voa para uma vida nova (a formação da borboleta).<br /><br />Então, a Alma que persiste, acima do corpo que é carnal, e que fica em terra!<br /><br />Mesmo para aqueles que não acreditam nisso, podemos ver o lado bonito da alma, para eles, tendo em conta que a alma não seria uma coisa que ficasse para nós, ou o que sobra de nós quando morremos, pode ser então uma coisa que fica para os outros… Quando alguém, que nos ama, recordar a nossa morte, não nos vai recordar pelos belos feitos que fizemos com o nosso corpo, mas sim pela nossa alma, por o bom ou mau que éramos para os outros!<br /><br />E isso é o mais importante depois da morte, deixar marcas na vida de outras pessoas, que são importantes para nós, para que elas aprendam com o bem ou com o mal que nós fizermos, e que nos tomem como exemplos, a isso chama-se evolução, e a evolução é a Alma da sobrevivência do Mundo!sar.a .sihttp://www.blogger.com/profile/15819151503997030697noreply@blogger.com2